sábado, 31 de outubro de 2009

QUE CHEIRINHO DE CAFÉ !

Ah, o cheirinho do café!
Poucos odores se igualam a esse, e talvez nenhum o supere. Quando aquele pó marrom escuro se encontra com a água fervendo, uma simbiose única, original, inigualável acontece. O translúcido do líquido vai contaminando com umidade a opacidade escura do que resultou da moagem dos grãos; a água vai se insinuando entre as minúsculas partículas do pó. E um milagre acontece. Milagre sim. A começar pelo cheirinho, que embora referido, assim, no diminutivo ditado pelo carinho, na verdade é grande e poderoso, a ponto de invadir narinas a muitos metros de distância. Um ambiente em que se passa um bom café parece ficar para sempre impregnado.

Duas coisas interessantes. A primeira é que muita gente gosta até mais do cheiro do café que do próprio café. A outra coisa interessante: gente à beça não gosta de café, mas gosta... do cheiro de café. É como se o café, ciente do seu poder de sedução, se contentasse em prender alguns, mesmo sem usar todo o seu feitiço, mas apenas o odorífico.

Quem pode entender coisas assim?

Mas eu falei acima em milagre. Milagres não são para ser entendidos; são milagres, pronto; creiamos neles ou não, beneficiem-nos ou não. Vamos então aproveitar para preparar ou simplesmente tomar um café. E cuidemos de cheirá-lo gostosamente!

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