sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Saber viver...




Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar
Cora Coralina

Esperamos que o Natal
toque , de fato, o coração das pessoas
e envolva com amor e compreensão a vida de todos !

Um Feliz Natal !
Equipe Café Terrasse.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Novos desejos...



...enquanto o vento triste galopa matando borboletas,
eu amo-te, e a minha alegria morde a tua boca de ameixa.
Pablo Neruda


Torta de Ameixa do Terrasse
Novos sabores em 2012.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Estilo de Vida - 100 coisas que todo parisiense deve fazer

Café Marly 

Publicado no Le Figaro,  veja a lista completa aqui, as 100 coisas que todo parisiense deve fazer pelo menos uma vez na vida...

1 – tomar um café da manhã na varanda do café Marly no Louvre
2 –  ou um aperitivo de despedida (sem viagem) na Brasserie Train Bleu da estação ferroviária gare de Lyon
3 – comprar um sorvete no Bertillon da ilha Saint Louis
4 – degustar o bolo Paris-Brest da Pâtisserie des Rêves da rue du Bac
5 – comprar um macaron perfume caramel beurre salé no Ladurée
6 – encomendar um plateau de queijos na fromagerie Marie Anne Cantin
7 – almoçar um bento no pequeno restaurante japonês Kunitoraya
8 – comer um fallafel, domingo,  na rue de Rosiers no Marais
9 – comprar chás nas lojas Mariage Frères
10 – beijar no cais de la Tournelle nas margens do Sena
11 – beber champagne em passeio noturno nos barcos do Sena
12 – fazer  jogging no Tuileries
13 – visitar os túmulos de Jim Morrison e Orcar Wilde no Père Lachaise
14 – percorrer Paris em rollers
15 – admirar Paris das escadas rolantes do Musée Centre Pompidou
16 – percorrer a rue Saint Honoré sem gastar nem um centavo
17 – ler nas cadeiras verdes do Jardin Luxembourg
18 – insultar um chofer de táxi parisiense
19 – dançar no baile dos bombeiros de Paris no dia 14 de julho
20 – voltar para casa a pé após horário de funcionamento do metrô e ônibus.
21 – ter visto a obra de arte Porte de l’Enfer no jardim do Musée Rodin

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Visite Paris com - Mario Prata



Paris - Tinha um japonês atrás de mim. Na verdade, neto de japonês. Brasileiro feito a gente, camisa amarela, rouco e gripado. O nome dele é Wilson e mora em Tupã, interior de São Paulo. Antropólogo, minha senhora. Estamos no ônibus, a caminho de Versailhes. Ele conversa com uma brasileira madame de bengala. O papo é tão doido que eu ligo o gravadorzinho.
Antes, de orelhada, fiquei sabendo que ele havia feito pós-graduação em Paris - Sorbonne! -, de antropologia física, que, segundo ele, se ocupa da origem e da evolução biológica do homem, assim como das diversidades raciais e seu vários subgrupos.
- Sei.
- Hoje, na França, o índice de natalidade é de apenas 0,6%. E o de cachorro é de 6,8%. Segundo os meus cálculos, no ano 2.128, não vai mais ter francês na França. Só cachorros. A senhora tem que considerar que o período de gestação das francesas é de nove meses. Das cachorras francesas é de 9 semanas. E pode ter ninhada até de 10. E mais uma informação, minha senhora: o cachorro macho já pode ser pai a partir de um ano de idade. Já pensou? Pensa nisso, vovó Maria. Aliás, hoje em dia, já tem mais cachorro do que francês por aqui. A Brigitte Bardot já percebeu isso há muito tempo. E saiu latindo em defesa deles.
- É verdade. E como os cachorros franceses são educados,  educadíssimos!
- Claro, eles já estão treinando e educando os cachorros para o futuro. Já estão ensinando cachorro a ir a restaurante, a supermercado. Já viu em cinema, como eles prestam atenção? Outro dia, no show do Moulin Rouge tinha uns cinco. Acompanhavam aqueles seios nus com moderada excitação. Cachorro já viaja de avião. Primeira classe. Já tem loja de móveis para cachorro, a senhora já viu?
- Umas gracinhas. É muito interessante como eles se comportam bem nos restaurantes.
- Claro, é berço. E as ruas daqui não são como as de Higienópolis, não. Eles sabem onde e quando fazer. Preservam as ruas e os parques porque sabem que um dia, tudo aquilo será deles.
- É verdade. Já notei.
- Criança fica em casa. Quem sai com o casal é o cachorro. Então, como eu ia dizendo, vai chegar um dia que só vai ter cachorro em Paris. A cidade vai ser deles. E, eu tenho certeza, que eles vão estar preparados. Porque eles estão sendo treinados para o futuro. Não teve aquele filme, O Planeta dos Macacos? Então, aqui vai ser o planeta dos cachorros. O Planeta Chien! Só que o Planeta dos Macacos era ficção. Aqui, não. 2.128! A copa vai ser aqui, de novo.
- Interessante. Muito interessante. Muito interessante mesmo. E o senhor acha que vai ter copa do mundo de cachorros?
- É claro. Os franceses entram com os cachorros e os brasileiros com os canarinhos. Os canarinhos virão todos em excursão pela Stella Barros. Os cachorros franceses vão ficar com raiva dos canarinhos. E a guia passarinho vai explicando: ali foi decapitada a cadelinha Maria Antonieta, hoje vamos visitar o museu do Louvre, onde se pode ver a grande cadela Gioconda, também conhecida como Petit Madona. Isso mais para o futuro, onde já vão existir os cachorros Luis XIV. e assim por diante. Aqui morou Luis XV e a favorita dele era a cadela tal. O cão Sol, o rei Baguette V. Vão ter os cachorros policiais correndo atrás dos hoolingans. Cachorro caçador, da raça Napoleão, rastreadores e assim por diante. Vai ter guerra quando o usurpador pastor Alemão resolver assumir a Notre Dame. O Arco do Triunfo vai se transformar num grande mictório canino. A Torre Eiffel será o poste ideal, que todo cachorro sonhou desde pequenininho. As cadelas francesas vão ditar a moda latindo: di-ór! di-ór! E, de tanto latirem, a língua oficial vai ser o latim.
- Impressionante, seu Wilson! Impressionante.
- É, minha senhora, vai ser uma grande cachorrrada! Haja pão, pra tanto cachorro quente!


Mário Prata

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vá conferir - Festival de Música Instrumental da Bahia

Festival de Música Instrumental da Bahia


Realização: Associação Instrumentalda Bahia
Curadoria: Zeca Freitas e Fernando Marinho
Produção: MilProduções


Já na sua décima sétima edição, o evento prima pela qualidade e diversidade musical dos artistas baianos e conta ainda com atrações nacionais especialmente convidadas. Não perca !



Dia 16/12 – sexta-feira:
Gabi Guedes
Sanbone Pagode Orquestra
Arismar do Espírito Santo e Banda

Dia 17/12 – sábado:
Triatuan
Orquestra Afro Sinfônica
Duo Kiko Continentino e Paulo Russo

Dia 18/12 – domingo:
Adson Sodré Trio
Orquestra de Todos os Santos do maestro Zeca Freitas
Grupo Garagem

Teatro Vila Velha
Sala Principal
dias 16, 17 e 18/12/2011
às 19h

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Para abrir o verão - Cassoulet



É no sudoeste da França, da região de Languedoc, em especial das cidades de  CastelnaudaryCarcassonne  Toulouse., que se prepara o prato mais conhecido da região, o cassoulet.  .O célebre cozinheiro languedociano Prosper Montagné diz que o cassoulet é o Deus da cozinha occitana (do sul da França): em Castelnaudary é o "Deus-pai", o "Deus-filho" é o de Carcassonne, e o "Espírito Santo" é o de Toulouse.


E para abrir o verão, no próximo sábado, dia 03.12.2011, 
venha almoçar no Café Terrasse, a famosa feijoada francesa, preparado pelo chef Christian Trouvé com feijão branco, carne de porco, salsicha, lingüiça fresca, bacon e confit de pato. Tudo isso cozido lentamente no forno na gordura de pato e de porco, em panela de barro e aromatizado com temperos como louro, tomilho, sálvia, alho, entre outros.


Cassoulet, por Cristian Trouvé
Sábado, dia 03.12.2011
a partir das 12h
R$17,00/prato




terça-feira, 29 de novembro de 2011

Chef do Dia - Dezembro/2011


Com a cozinha aberta aos clientes e amigos, a promoção
Chef do Dia do Café Terrasse , postado aqui 
traz na primeira quinta-feira de dezembro , dia 01.12.2011, das 18 às 21h,
o chef  Fernando Costa Júnior
que apresentará um risoto com chutney de abacaxi e 
carne de fumeiro desfiada.
R$17,00/prato


Participe você também. Venha ser o próximo Chef do dia.

Para agendar uma data, basta entrar em contato com a gente, cafeterrasse.af@gmail.com .
Cada "Chef" pode trazer até 20 convidados, 
mas os clientes da casa também
têm a opção de pedir o prato preparado por você.
Não existe taxa de inscrição.
Participe. É gratis. É divertido !


Fernando Costa Júnior é produtor cultural, graduado pela Faculdade de Comunicação da UFBA, se aproximou pela cozinha por volta do ano 2000, mas, em 2005, criou um interesse profissional por jornalismo gastronômico e pela própria gastronomia. Foi colunista da Band News FM em Salvador e do site Bahia Notícias. Já fez curso de cozinha internacional promovido pela Abrasel, foi finalista do concurso no norte-nordeste para cozinheiros não profissionais do Hotel Sofitel. Através do trabalho como colunista, aproximou-se de grandes chefs que atuam em Salvador. Foi estagiário na Mesa 3, rotisseria de São Paulo, especializada em massas frescas, com a chef Ana Soares, durante oito meses estagiou, na cozinha do Restaurante Amado,de Edinho Engel, e posteriormente, atuou na área . Na Europa, fez curso na Università della Pizza e com Luca Zangoni, o ex-chef de cozinha do Ristorante Castel Pergine.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Conheça - Claude François




Muita gente não sabe que a música My way é, originalmente, francesa. A autoria é de Claude François, que foi um compositor francês que fez muito sucesso na década de 60 na França e morreu prematuramente eletrocutado em sua banheira. Cloclô, como era conhecido pelos franceses, sofria de distúrbio obsessivo compulsivo e passou desta para a melhor ao tentar alinhar uma lâmpada torta de dentro da banheira.
Entre tantas músicas, François compôs a chamada Comme d’Habitude, que mais tarde seria traduzida para o inglês e imortalizada na voz de gente como Frank Sinatra e Elvis Presley.

domingo, 20 de novembro de 2011

Vá conferir - Grupo Botequim

Grupo Botequim
Largo do Santo Antônio Além do Carmo
Apresentação na última sexta-feira de cada mês


... E no largo um coreto, o último talvez da muy nobre cidade de São Salvador. Com seu casarão de oitão, o forte e a igreja de Santo Antônio, parece um cartão postal do início do século XX. Do lado do poente, a cinematográfica vista sobre a baía e as ilhas. Se os flamboyants são massacrados por administrações obtusas que odeiam a natureza, ainda resta sua maior riqueza, os moradores e freqüentadores do bairro. A quem nunca por aquelas bandas se aventurou, sugiro vir na última sexta-feira do mês.

Quando o sol desapareceu por trás de Itaparica, começa o agito. Meia dúzia de barraquinhas, um ou outro isopor, três churrasquinhos e duas pipocas aguardam a chegada do Grupo Botequim. Adolescentes, adultos, velhos e crianças surgem da sombra. Artistas, cineastas, jornalistas, músicos, advogados, figurinistas, estudantes e professores. Afinam-se os instrumentos. Para esquentar os dedos, nada como um pedacinho do Ary, outro da Chiquinha. Não ouvirão o alô, alô, som, som dos grandes eventos. Nenhuma ostentação ou piadinha sem graça. Aqui, por algumas horas vai reinar, monarca absoluto, o samba legítimo. Benção, Caymmi! Benção, Batatinha! E até tarde na noite, todos os amáveis fantasmas dos que fizeram nossa cultura popular musical estarão presentes, sentados nos galhos das últimas árvores. Assis Valente, Noel Rosa, Tom Jobim, Cartola, Lamartine Babo sorriem ao constatar que o melhor deles não se afogou no maremoto da mediocridade imposta por gravadoras assassinas. Tem três anos que este grupo traz até o bairro de Santo Antônio momentos de poesia, alegria e encanto. Sorriso nos lábios é o preço da participação. Márcia Ganem dança, a balzaquiana de xale branco mima cada verso das letras, Lise Silvany canta, o velho travesti negro desfila perdido num sonho de passarela, um gringo bem que tenta gingar, Marta Luna bate palmas, o rastafári flutua na felicidade e, reparem: não há um só policial, nem a menor necessidade, já que todo mundo é alto astral, paz e amor.

De repente, reencontro uma Bahia perdida. Aquela que me seduzira em 1971.


novembro/2011

Paris em Foto



Confira aqui as belíssimas imagens da vida 
cotidiana parisiense publicadas no site 
do fotógrafo francês Gérard Laurent .

Na foto acima, Rue Berthe e sua calçada circular. 
Uma pequena maravilha, não?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Estilo de Vida - Os Parisienses e seus Cachorros




Paris é tão bonita que você anda na rua olhando para todos os lados menos para onde pisa. Os cachorros de Paris vão a toda parte com seus donos, comem nos mesmos restaurantes, participam ativamente da sua vida social, freqüentam vernissages e palestras, mas o convívio civilizado não afetou seus hábitos de higiene, que continuam iguais aos de cachorro de todo o mundo.   Há, provavelmente, mais cachorros por habitantes em Paris do que em qualquer grande cidade do mundo. O resultado desta combinação de fatores é que seu deslumbramento com Paris é constantemente interrompido pela sensação deslizante de ter pisado numa das características menos atraentes, e mais comuns, das suas calçadas. 


Você está admirando a fachada de uma igreja antiga e - iush - passa, em segundos, do barroco ao rococô. Os parisienses já calcularam, com rigor cartesiano, a quantidade de "merde, alors!" depositada nas ruas pelos cachorros dos seus concidadãos. Chega a toneladas anuais. Instituíram patrulhas catacocô, motociclos verdes munidos de aspiradores que percorrem as ruas como tamanduás mecânicos, ou pequenos elefantes crapófilos, sugando os dejetos. Eles não dão conta. Talvez sentindo-se desafiados, os cachorros aumentaram sua produção. Já houve a sugestão de que se alargasse a boca do aspirador e, em vez do cocô, se sugasse os cachorros. Os parisienses não acham graça. Amam seus cachorros com uma devoção cada vez mais difícil de tolerar. Eu, por exemplo, já perdi qualquer simpatia que tinha por esses incontinentes. 


Quando vejo um cachorro na rua tento adivinhar, pelo tamanho ou a sua cara, que peças no caminho eram da sua autoria. Elas rivalizam, na variedade de dimensões e configurações, com os doces expostos nas vitrines das "patisseries". Imagino que cada cachorro tenha, por assim dizer, a sua assinatura, o seu estilo de sujar as calçadas, e noto em muitas das suas obras aquela arrogância no acabamento de quem desdenha a crítica e não teme a retribuição. Preciso me controlar para não gritar "Salaud!" na cara deles. E sair correndo antes que o dono me pegue, claro.


Luis Fernando Veríssimo

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vá conferir - Diário do Farol


O espetáculo Diário do Farol: onde as palavras se revelam inadequadas, adaptado do livro Diário do Farol, de João Ubaldo Ribeiro, estreia no Teatro Molière em temporada que dura entre os dias 11 de novembro até 18 de dezembro, de sexta a domingo. A montagem homenageia os 70 anos do escritor baiano através de seus personagens mais complexos: um faroleiro transgressor dos códigos morais e éticos.
Teatro Molière (Aliança Francesa)  
Avenida Av. Sete de Setembro, 401, Ladeira da Barra
 de 11/11/2011 a 18/12/2011, sex a dom, 20h
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Conheça - A tradição do Beaujolais Nouveau


Foto: Saint-Eustache, automne à Paris, Bruno Monginoux, 2008 (www.photo-paysage.com)

Paris tem uma beleza única para cada estação do ano, e em novembro, o auge do outono parisiense, se pode conferir as melhores paisagens da cidade. A mudança de cor das copas das árvores, o balé das folhas secas que caem ao sabor do vento, o frio ainda suportável para caminhar pelas ruas, parques, lojas e monumentos: tudo fica mais tranqüilo de ser visitado nessa época de baixa temporada. 

Em novembro também os parisienses celebram com alegria a chegada do Beaujolais Nouveau, ,um vinho jovem que fica pronto para o consumo aproximadamente 2 meses após a colheita. Começa a época de ver de forma mais freqüente os amigos se reunindo ao redor das mesinhas das brasseries; é tempo de apoiar os cotovelos no balcão de zinco dos cafés, tempo de papear ao lado de rostos conhecidos, de compartilhar o vinho guarnecido por uma baguette rasgada com as mãos. O Beaujolais Nouveau chega à meia-noite da terceira terça-feira do mês e, dias antes, os parisienses mal podem conter a expectativa para ver a tão aguardada frase escrita em giz na ardósia que recebe a clientela ao lado das portas dos cafés: Le Nouveau est arrivé ! Alguns bares, como o Les Pipos, no quartier Latin, recebem o Beaujolais Nouveau em ritmo de festa.


Les Pipos

Artigo publicado no viverparis.blogspot.com

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Histórias do Café I



Durante todo o século XVII, o suprimento mundial de café vinha quase todo do Iêmen. Mas os holandeses, que dominavam o comércio marítimo no mundo, conseguiram algumas mudas de café que plantaram no Ceilão em 1658 e em Java 1699.

A primeira cafeteria de Paris abriu em 1672. Luis XIV adorava café, e em 1714 os holandeses o presentearam com um pé desta planta, da qual ele cuidava com carinho. Nove anos depois, um oficial da marinha levou uma muda do pé de café real para Martinica, no Caribe. Os estudiosos acreditam que a maiorias dos pés de café cultivados nas Américas central e do sul descendem daquela única muda.

Finalmente o café chega ao Brasil, país que se tornaria seu maior produtor mundial.

artigo publicado no www.tudosobrecafé.com

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vá conferir - FIAC


Um recorte do que está sendo criado e discutido nos palcos ao redor do mundo pode ser conferido através de 24 espetáculos que refletem sobre a produção contemporânea. Esta é a proposta do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC), que chega à sua quarta edição de 22 a 30 de outubro, em Salvador. Confira  aqui  a programação. 

Dentre os vários espetáculos, confira no Teatro Molière, Aliança Francesa Ladeira da Barra,  45 minutos . Com apresentações nos dias 28, 29 e 30/10/2011 , sempre às 20h. Ingressos: R$12,00 e R$6,00.


45 minutos - Caco Ciocler vive um ator que é obrigado a entreter o público por exatos 45 minutos, tempo mínimo estabelecido para a duração de um espetáculo teatral. Na peça, que se chama exatamente 45 Minutos, ele está ) sozinho em um palco vazio. Sem uma trama ou personagem no qual possa se amparar, o ator procura, desesperadamente, meios de preencher o tempo. Desejando ardentemente não estar ali, é obrigado a fazê-lo em troca de comida e de um lugar para viver (mora em um pequeno quarto nos fundos do teatro). Mas, durante a obra, que se dá inteiramente em diálogo com o público presente, percebe que algo se evaporou, que a relação de uma obra de arte com a plateia não pode mais se desenhar segundo antigos pressupostos; estamos vivendo uma época para além de todo drama (no sentido clássico) e não sabemos (artistas e público) o que vem pelo caminho…

Texto: Marcelo Pedreira
Direção, desenho de luz e cenografia: Roberto Alvim
Elenco: Caco Ciocler
Trilha sonora: F Ribeiro
Produção executiva: Danielle Cabral
Figurino: Juliana Galdino

domingo, 23 de outubro de 2011

Estilo de Vida - Paris sobre duas rodas.


Em 2007, Paris lançou a iniciativa Vélib, um esquema de aluguel de bicicletas que opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, que mudou a cara dos transportes em Paris.

“Há muito tempo os franceses rejeitam carros na cidade. Eles buscavam uma alternativa e acharam”, disse o sociólogo Bruno Marzloff, especialista em problemas de  transporte, em entrevista ao jornal Le Monde. Para ele, engarrafamento, alta no preço de petróleo e problemas de estacionamento contribuíram para o sucesso do Vélibo nome é a contração de velo (bicicleta) e liberte (liberdade).  


Hoje as bicicletas fazem parte da paisagem de Paris e são um sucesso incontestável. O que mais seduz na idéia do Vélib é que não é bicicleta para fazer turismo ou passear; a idéia é usá-la como meio de transporte, para ir ao cinema, ao dentista ou ao trabalho. Como quem usa um ônibus, o usuário pega a bicicleta numa estação e a deixa em outra, próxima ao seu destino. E o custo ao usuário também é atrativo: uma assinatura anual, no valor de 29 euros, dá direito a usar as bicicletas todos os dias do ano, sem custo,  por um período máximo de 30 minutos por trajeto (acima deste tempo, é cobrado um valor adicional). O usuário ocasional também pode usar o sistema pagando 1 euro por dia. Para saber mais, clique aqui.

La Chason Française IX


Mistinguett " C'est vrai " 


Para aqueles que ainda não conhecem,
a Mistinguett foi uma estrela francesa 
famosíssima nos anos 20-30.


Colaboração










domingo, 16 de outubro de 2011

Vá conferir - Mostra de Documentários


Mostra de Documentários apresenta produção universitária inédita em Salvador

Pela primeira vez, os estudantes de Jornalismo da Faculdade Social da Bahia realizam a Mostra Social de Documentários. O evento, que acontece nos dias 8, 9 e 10 de novembro, no auditório do ISBA (em Ondina), conta com exibição de DOCs, produzidos pelos próprios universitários, bate-papo com os produtores e palestras com pesquisadores e profissionais da área. Com entrada gratuita, as inscrições podem ser feitas no local do evento, no dia 8 ou via internet. 
Para maiores informações, clique aqui

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

BookCrossing - Livros para todos

BookCrossing é o ato de democratizar a leitura
por meio de seu objeto mais importante:
o livro.

Funciona assim: uma pessoa deixa um livro em algum local público (praças, metrôs, museus, restaurantes, cafés e outros), com uma etiqueta ou dedicatória que indique que aquele é um livro gratuito, que pode ser levado por qualquer pessoa para ser lido. Depois, quem pegou o livro também passa a fazer parte da corrente, deixando o mesmo ou outro livro em algum local público, para que outra pessoa seja presenteada. O dia 11 de setembro de 2003 foi escolhido para “oficialmente” dar o pontapé inicial desta prática no Brasil – já existem “bookcrossers” brasileiros, o que se pode conferir no site www.bookcrossing.com.br 

Em Salvador, você encontra no Café Terrasse Aliança Francesa e na Escola Politécnica na UFBa, os dois pontos oficiais do movimento mundial de troca de livros na cidade, para manter a espontaneidade e reforçar a atitude de doar para o planeta. Acreditamos que essa contribuição pode – e deve – ser feita por qualquer um, para qualquer um, e que toda pessoa pode e tem o direito de se apropriar de um livro abandonado com essa finalidade, como se fosse um presente. Trocar livros deve fazer parte da vida dos brasileiros que amam a literatura e o livro, e acreditam que é só a partir da democratização deste objeto (e de seu conteúdo) que o Brasil pode ser melhor.

Participe.
É gratis !!
É divertido !

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

Estilo de Vida - Símbolos da Cultura Francesa

Yves Montand no filme Garçon (1983)

Os turistas acham que o problema é somente com eles e que são as únicas vítimas dos garçons de Paris. Mas o problema é mais vasto e quase histórico. Não sei em quê esta revelação vai ajudá-los, talvez seja um conforto saber que todos estamos na mesma situação.

A diferença fundamental é que os residentes sabem que a abordagem do personagem é delicada.  E quando entramos em relação com o dito cujo nos perguntamos qual rumo ela vai tomar: turbulências ou céu de brigadeiro. Logo que um garçon se aproxima tentamos  definir o seu tipo, a tarefa é árdua pois as modalidades são diversas.

Se for um garçon-estudante ele estará em jeans, camiseta e tênis,  apressado, não muito profissional e sempre sorridente. Apesar de estar louco para acabar logo e voltar para a universidade, vai responder suas dúvidas com atenção.

Se for um garçon da antiga, todo de preto e avental branco amarrado nas costas, o espetáculo promete. Ele se aproxima com um atraso de meia hora, murmura algo incompreensível,  responde as questões com enorme economia de palavras. Volta para retirar os pratos  com uma hora de atraso e traz a nota sem o café que foi pedido. Se ele atender uma moça desacompanhada e bonita o quadro muda radicalmente.

Se for um garçon de endereço hype, a performance é diferente. Todo de preto costume Hugo Boss, cabelos impecáveis, unhas feitas, rosto impassível e olhar duro. Ele “faz o favor de tirar as dúvidas” mas prefere atender os clientes conhecidos que sabem exatamente o que querem. Ele se sente injustiçado porque deveria estar nas passarelas dos desfiles alta costura.  Após gorjeta ele “ousa” um sorriso mais natural. A moça desacompanha e bonita aqui não terá vez.

Nosso conselho?
Levem tudo na bricadeira e vistam a camisa do sociólogo analisando o fenômeno. Observem-o como se estivessem em museu das espécies raras
e em via de desaparecimento. Afinal vocês estão diante de  personagem central da vida parisiense,  retratado no cinema por Raymond Bernard (1919) com Max Linder no filme Le Petit Café e por  Claude Sautet (1983)  com Yves Montand o papel do garçon Alex no filme Garçon

do Conexão Paris
Artigo inspirado por um outro publicado pelo Le Figaro  


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